segunda-feira, 13 de junho de 2016

Padrão Racial de Bovinos Leiteiros

Amanda Ferreira Prestes, Ana Karolina Bittar Maricatto, Camila de Oliveira Mello, Guilherme Vinicius Costa, Gustavo Henrique Costa

RAÇA GIR

Origem
Uma raça indiana, que se desenvolveu no sul da Índia, um país tropical, e com semelhança a temperatura brasileira, a raça indiana tem como características presença de cupim bem desenvolvido. Uma das raças considerada mais antiga da região Sul e Norte. Seu chifre grande e resistente, voltados para trás e para baixo, é para se defender contra o ataque de animais selvagens, por seu habitar ser coberta por florestas e por espécies selvagens.


Os animais Gir são de grande porte e musculosidade, resistentes a endoparasitas e ectoparasitas. A raça Gir chegou ao Brasil em 1911, adaptando-se bem às nossas condições ambientais, e expressando seu potencial na produção de leite e no mercado da carne.
O gado Gir tem sido bastante utilizado em cruzamentos, e é a preferida para formação do mestiço nacional para leite. Os criatórios da raça Gir leiteiro estão nas Regiões Sudeste e Centro- Oeste. O primeiro parto acontece entre 3 á 6 anos e o período de lactação é de 286 dias. Com a ideia de melhoramento da raça para leite, foi criada a Associação Brasileira de Criadores de Gir Leiteiro (ABCGIL). O site encontra-se disponível gratuitamente na internet (http://girleiteiro.org.br/).


Principais Características
O Gir se destaca por sua rusticidade, longevidade produtiva e reprodutiva, a principal característica é sua pelagem variada e distinta, seus cabeça fina e seca, seu chifre longo, sua orelha média e o corpo robusto.
Pelagem  
O gir se distingue pela pelagem vermelha ou amarela: gargantilha, chitada, rosilha, moura, sempre sobre pele bem pigmentada.
Pele 
Os pelos finos, curtos e sedosos. A pele preta ou escura, que proporcione tolerância a incidência solar, sendo flexível, solta, macia e oleosa, e no úbere e na região inguinal apresenta geralmente cor rósea.
Cabeça 
Deve apresentar perfil ultraconvexo, ser média, fina e seca. Focinho preto e largo e mais delicado nas fêmeas. Olhos pretos e escuros. Orelha de comprimento médio, começando em forma de tubo.
Pescoço
Bem musculoso e médio.
Chifres 
São escuros, simétricos, achatados, grossos na base, saindo para baixo e para trás, de seção elíptica se dirigindo para cima e curvando paradentro de preferência.
Dorso 
Ligado à garupa são largo e reto, levemente inclinado, tendendo para a horizontal.
Garupa 
Unida ao lombo, são comprida, larga e ligeiramente inclinada e rendendo para a horizontal, no mesmo nível que o lombo.
Membros 
Comprimento médio e muitos resistentes, bem musculosos.
Umbigo 
Depende do desenvolvimento do animal, é proporcional.

Características Funcionais

Capacidade Corporal 
Tórax
É amplo e profundo, apresenta costelas largas e longas, oblíquas e chatas, bem arqueadas, afastadas entre si, sem acúmulo de gordura, indicando grande capacidade cardio-respiratória.
Capacidade Digestiva
O abdômen é longo, largo, limpo e alto, volumoso permitindo visualizar a forma de “barril”, indicando grande capacidade digestiva.

Estrutura Corporal
Uma boa vaca produtora de leite deve ter altura e comprimento compatível com sua idade. Os animais são de tamanho mediano, pois são os mais eficientes em um sistema de produção a pasto.
Flanco
Os flancos (vazio) tem pele fina e evidente e apresentar ligeira concavidade.
Úbere
É amplo, comprido, largo e profundo, apresenta grande capacidade de armazenagem de leite, volume compatível com a idade e estádio da lactação, fazendo pregas quando vazio. A consistência é macia e elástica (glanduloso) e não fibroso (carnudo).
Ligamento Central
Possue grande importância em vacas produtoras de leite. É forte e bem evidente, pois irá garantir a sustentação e integridade do úbere que deve estar bem aderido à região inguinal.
Quarto Posterior
Responsável por 60% da produção de leite. É amplo e volumo, com ligamentos fortes e bem aderidos na região inguinal.
Quarto Anterior
É amplo e volumoso, com inserção suave no abdômen, e possui ligamentos fortes e bem aderidos.
Tetas
Apresenta íntegras e simétricas, ter comprimento de 5 a 7 cm, diâmetro de ± 3,3 cm, espaçadas entre si, centradas no quarto, verticais e paralelas, perpendiculares ao solo.
Vascularização
Deve ser bem conformada e com bastante drenagem através de diversas veias aparentes, tortuosas, de preferência ramificadas e penetrando por dois ou mais orifícios, além de possuir, no abdome, veia mamária de grosso calibre.

RAÇA GIROLANDO

Origem
O gado Girolando surgiu por volta das décadas de 1940 e 1950 no Vale do Paraíba – SP, através de um cruzamento acidental entre um Touro da raça Gir e uma vaca da raça Holandesa de propriedades vizinhas.
A partir daí, observou-se que os animais produtos desse cruzamento eram totalmente diferentes, demonstrando várias características interessantes, como a rusticidade, a precocidade e principalmente a produção de leite. Pode-se então considerar que ambas as raças contribuíram muito para o sucesso e formação do Girolando. O gado Gir, com toda sua capacidade de adaptação e rusticidade, e, o gado Holandês, com todos os seus anos de seleção voltados para a produção de leite. Além dessas duas principais características, o Girolando adicionou características desejáveis das duas raças em um único tipo animal, fenotipicamente soberano, com qualidades imprescindíveis para produção leiteira nos trópicos.
Segundo a Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, as fêmeas Girolando, são responsáveis por aproximadamente 80% do leite produzido no Brasil, sendo produtoras de leite por excelência, possuindo assim características fisiológicas e morfológicas perfeitas para a produção nos trópicos, como a capacidade e suporte de úbere, tamanho de tetas, fatores intrínsecos à lactação, pigmentação, capacidade termorreguladora, aprumos e pés fortes, conversão alimentar e eficiência reprodutiva, atribuindo um desempenho muito satisfatório economicamente.
Imagem retirada do site iepec.com


Padrão de cruzamento da raça

De acordo com a Associação Brasileira de Criadores de Girolando, são registrados animais com cruzamentos começando com ¼, ou seja, animal possui ¼ de grau de sangue Holandês e ¾ de grau de sangue Gir, ou então, 25% de sangue Holandês e 75% de sangue Gir.
Outro grau de sangue registrado é o 3/8, (3/8 de grau de sangue Holandês e 5/8 de grau de sangue Gir), ou 37,5% de sangue Holandês e 62,5% de sangue Gir; Há também o ½ sangue, ou seja, 50% de sangue Holandês e 50% Gir. Também animais 5/8 (5/8 de grau de sangue Holandês e 3/8 de grau de sangue Gir, que corresponde a 62,5% de sangue Holandês e 37,5% de sangue Gir). Se cruzar este animal 5/8 com outro 5/8 resulta em um animal puro sintético que é o maior objetivo.
Existem também outros cruzamentos, o animal ¾ (3/4 de sangue Holandês e ¼ de sangue Gir, que significa 75% de sangue Holandês e 25% de sangue Gir) e o animal 7/8 (7/8 de sangue Holandês e 1/8 de sangue Gir, ou seja, 87,5% de sangue Holandês e 12,5% de sangue Gir). Todos estes cruzamentos são registrados como animais do Programa Girolando.

Principais características do padrão racial

Por ser uma raça mestiça, a Girolando possui uma gama de variações nas características raciais do padrão, normalmente admitidas desde que não prejudiquem o desempenho produtivo ou tragam prejuízos financeiros ao sistema de produção.
Cabeça 
Vista de lado, verifica-se que o perfil típico da vaca 5/8 é retilíneo, o da 1/2 é subconvexo e o da vaca 3/4é subcôncavo.Com a visão lateral da cabeça, observa-se o formato dos olhos dos animais, outra característica que auxilia na diferenciação do grau de sangue: normalmente a 1/2 sangue, tem olhos elípticos, com a presença de rugas na sua parte superior, enquanto a 3/4  possui olhos arredondados ligeiramente saltados da caixa craniana; A 5/8 intermediária, apresenta olhos médios em sua forma e saliência.
Garupa 
A raça Gir possui garupa inclinada, e a raça Holandesa é praticamente nivelada. As vacas Girolandosegue as devidas proporções: a inclinação da 1/2  sangue é a maior e mais evidente. Pela presença de mais sangue Gir, a 5/8 tem uma garupa intermediária; e a 3/4já com 75% Holandês, tem a garupa mais nivelada.
Umbigo 
O umbigo da vaca 1/2sangue é considerado médio, de acordo com o padrão racial, o da 5/8 é reduzido e o da 3/4  é um pouco evidente.
Vulva 
A vulva é uma região que se diferencia na Girolando, dependendo da proporção de sangue Holandês/Gir que compõe o animal. A vulva da vaca 5/8 apresenta maior volume em relação a 3/4 e com presença de estrias. Comparando a vulva da 5/8 com a 1/2 sangue, o volume é menor e não tão nitidamente estriada.
Cor dos pelos 
A cor dos pelos da vassoura na Girolando, em qualquer grau de sangue, é normalmente mesclado de pelos brancos e negros, podendo variar do negro total, castanho até o branco puro.
Segundo o manual de bovinocultura de leite da EMBRAPA, a raça Girolando apresenta desempenhos considerados bons para as regiões tropicais, alcançando em 305 dias uma média na produção de leite de 3.927Kg.

RAÇA PARDO-SUIÇA

Origem
A Raça Pardo-Suiça é considerada Européia, e também a mais antiga raça Leiteira, teve sua nomenclatura em 1980, temos alguns nomes como gado Schwys, nos Países de língua inglesa como Brown Swiss, de línguas alemãBraunvieh e na Itália, Bruna.
Esses animais passou por seleção natural e então ficou os animais com características físicas bem desenvolvidas como padrão da raça que é estrutura óssea, musculatura, pernas e pés, todos muito fortes, além do casco muito resistente, com isso o pardo-suiço é um animal, rústico, de fácil adaptação, fértil e de longevidade.
No Brasil os primeiros animais chegou de importações dos Estados Unidos e Alemanha por volta de 1902 e 1911 e após alguns anos foi criado em 1938 a Associação Brasileira de Criadores de Gado Pardo-Suíço, onde teve o primeiro animal registrado no dia 11 de março de 1939, onde o proprietário era Presidente da República Getulio Vargas.


Padrão Racial
Segundo o site de Criadores do Pardo-Suíço puro, registrado, deverá apresentar as seguintes características:


Aparência Geral:
Individualidade, feminilidade, vigor, comprimento, tamanho, harmonia na união das partes, estilo e porte. Todas as partes deverão ser avaliadas na aparência geral.
Características Gerais
Feminilidade expressiva, forte e vigorosa, sem ser grosseira. Recomenda-se rusticidade acompanhada de qualidade. O refinamento não é desejável. Cor cinza variando desde o claro até o escuro e suas nuances. Pele pigmentada escura. Pêlos mais claros ao redor do focinho e na face interna da orelha, onde são mais longos, mucosas nasais escuras. Animais com chifres deverão apresentá-los com base branca e pontas pretas, de tamanho médio, sem ser grosseiro, afunilado até a ponta, não havendo discriminação para ausência de chifres. Cascos escuros.
Tamanho e pesos ideias
Ganho de peso diário de 0,70 Kg, altura para animal aos 24 meses: 135 cm.
Cabeça
Bem modelada proporcional ao corpo, focinho largo com narinas amplas e abertas, ganachas fortes, olhos grandes e vivos, fronte larga, moderadamente côncava, chanfro reto, orelhas de tamanho médio.
Espáduas 
Ligadas harmoniosamente ao pescoço e ao tórax desde as pontas até a parte superior.
Dorso e lombo 
Retos, horizontais, longos, largos, fortes.
Garupa
Comprida, larga, ísquios ligeiramente mais baixos que os íleos, sem excesso de gordura e músculos. Articulações cocho-femurais altas e bem afastadas entre si. Ísquios bem separados.
Cauda
Longa e afilada, inserção da cauda suave e nivelada à linha dorsal, vassoura abundante.
Membros
Ossos longos, achatados, fortes.
Membros anteriores
Proporcionais ao tamanho do animal, retos quando vistos de lado, bem separados e perpendiculares ao corpo.
Membros posteriores
Retos e separados quando vistos por trás e ligeiramente angulosos quando vistos de lado.
Cascos
Curtos,  escuros,  compactos  e bem arredondados, talão profundo.

Características Leiteiras:
Evidência de habilidade produtora, angulosidade e condição corporal compatível com o estágio fisiológico.
Pescoço
Comprido e unido harmoniosamente à cabeça e ao tórax. Pele pregueada, sem excesso de barbela.
Cernelha
Bem modelada, as apófises vertebrais devem ser ligeiramente mais elevadas que as pontas das espáduas, bem aderidas ao corpo e não aladas (abertas, dando a região ligeira forma de cunha).
Costelas
Bem arqueadas, longas, inclinadas, chatas, afastadas entre si na parte posterior, superando o plano latero-vertical que passa pelos quartos dianteiros e traseiros.
Flancos
Amplos e profundos.
Pele e pêlos
Pele escura, solta, flexível e macia ao toque. Pêlos delicados densos mostrando saúde e adaptação.


Capacidade Corporal:
Tamanho, proporção, capacidade digestiva e respiratória, força e vigor.
Ventre
Harmônico, mostrando ampla capacidade digestiva. Costelas bem arqueadas desde cima, profundidade e largura maiores para trás.
Tórax e peito
Profundos, amplos e harmônicos. Costelas anteriores longas, bem arqueadas e unidas suavemente as paletas.
Sistema mamário
ligamento, forma, equilíbrio, capacidade, consistência, textura, irrigação e evidência de longevidade.
Quartos anteriores
De comprimento moderado, largura uniforme desde a frente à parte de trás, não bojudo, inserção suave como o ventre, ligamentos firmes e volume aproximadamente igual ao dos quartos posteriores.
Quartos posteriores
Presos desde o alto, largos projetando-se ligeiramente além dos membros posteriores, de bastante uniformidade em sua largura desde a parte de cima até sua base. 
Piso 
Horizontal com a união de quartos lateralmente sem septos visíveis.
Tetos
De tamanho uniforme, de comprimento e diâmetro médio, cilíndricos, aprumos bem separados vistos de lado, e vistos  de trás proporcionais a largura do úbere, quando o úbere estiver repleto e voltado para dentro quando esgotado.
Veias mamárias
Volumosas, ramificadas e sinuosas.
Profundidade
Úbere pouco profundo, nunca ultrapassando a linha do jarrete.

Cruzamento
Um destaque do Pardo-Suíço é a sua utilização nos cruzamentos com outras raças. A sua coloração uniforme, com pele pigmentada, garante maior proteção contra a radiação ultravioleta, impedindo as doenças relacionadas com a exposição ao sol. A resistência ao calor permite que os touros acompanhem os rebanhos zebuínos. As qualidades da raça e a uniformidade das crias são vistas já na primeira cruza (F1). No Brasil, estima-se que exista cerca de 1 milhão de cabeças oriundas de cruzamento com a raça Pardo-Suíço. Pelo excelente resultado dos cruzamentos os machos Pardo-Suíços são muito procurados e comercializados como reprodutores.
Os cruzamentos mais utilizados são os seguintes:

Linhagem Leiteira
1. Pardo-Suíço x Girolando(tricross) 
Caracterizado por pelagem escura, uniforme e produzir machos rústicos e fêmeas produtivas, férteis e com maior persistência de lactação e adaptação à máquina de ordenha.
2. Pardo-Suíço x Indubrasil 
Os produtos deste cruzamento são conhecido como animais Itapetinga, denominação proveniente do sul da Bahia, região onde o cruzamento é popular. Estes animais impressionam pelo grande porte e pela boa produção leiteira.
3. Pardo-Suíço x Guzerá 
Crias conhecidas como Lavínias. É outro cruzamento muito utilizado no Nordeste. Em média, as fêmeas adultas pesam entre 450 e 550 kg.
4. Pardo-Suíço x Gir 
Este cruzamento resulta em animais com pelagem mais uniforme, maior estatura, boa produção de leite e em úberes com tetas de tamanho e formato mais desejáveis.

Composto Leiteiro
A novidade da raça Pardo-Suíça nos cruzamentos é a criação do Composto Leiteiro. Trata-se de um produto obtido por meio do cruzamento entre raças buscando assim uma maior heterose. Assim temos animais mais  rústicos, com maior vigor e produção. O Composto leiteiro para ser registrado terá que ter  em sua composição racial um mínimo de três raças o que garantiria um máximo nível de heterose. Ter no mínimo 25% e no máximo 62,5% de sangue Pardo-Suíço.  O objetivo é a produção de leite no clima tropical e subtropical onde a base da alimentação são pastagens. Estes animais se adaptam ao mais variado clima e relevo com manejo e alimentação simples propiciando a sua utilização em pequenos e médios produtores.

RAÇA HOLANDESA

Origem
Pouco se sabe sobre a data e o local exato da origem da vaca Holandesa. A Associação Brasileira de Criadores de Bovinos da Raça Holandesa sugere que a raça foi domesticada há 2.000 anos nas terras da Holanda setentrional e da Frísia (Países Baixos) e também na Frísia Oriental (Alemanha). Essa é somente uma das varias hipóteses.
No final do século XIX o gado ainda não estava dividido em raças. Em 1882, foi fundada a Sociedade de Livro Genealógico dos Países Baixos, onde foi registrado o gado negro malhado, o vermelho malhado ou de outras colorações.


Principais características do padrão racial
A raça Holandesa é a raça mais especializada na produção de leite hoje em dia. Raça mais difundida em todo mundo, embora tenha sido desenvolvida e seleciona na Holanda. A linhagem preta e branca é encontrada com mais freqüência do que a linhagem vermelha e branca. Essa raça conta a muitos anos com programas de melhoramento genético e seleção na América do Norte e principalmente na Europa.

Raça mais utilizada para diferentes cruzamentos, sendo também a mais empregada na produção de leite, obtendo assim um alto valor comercial. Exigentes nos cuidados, em relação a clima e conforto, não diferente das raças européias.
O cio das novilhas são observados à partir dos 15 meses de idade, a recomendação para se inseminar é com 125 cm de altura na cernelha e o peso mínimo de 360 a 380 quilos. 
Segundo o Manual de Bovinocultura de Leite (2010, p. 54) “Os registros do controle leiteiro oficial da raça apresentam os seguintes dados médios:
- Produção nacional média ajustada para a idade adulta = 9036 kg em lactação de 305 dias;
- Produção média diária de 29,63 kg e teores de 3,50% de gordura e 3,2% de proteína.”

Pelagem 
Preta e branca (maior prevalência), vermelha e branca.
Pele 
Fina e Pregueada. Pelo macio e fino.
Cabeça 
Fronte ampla,chanfro reto, bem moldada, expressiva. Apresentam olhos grandes, orelhas pequenas e peludas, narinas abertas e focinho amplo.
Pescoço
Pescoço longo, barbela reduzida.
Dorso
Reto e forte.
Garupa  
Comprida e larga.
Coxas 
Retas e ligeiramente côncavas, espaço amplo para o úbere.
Úbere  
Simétrico, inserido no abdômen, na base do osso da bacia.
Umbigo 
Umbigueira reduzida.

Cruzamento
O Objetivo do cruzamento com outras raças, principalmente com Gir e Guzerá é de inserir genes de produção de leite da holandesa em animais com características rústicas para serem criados em regiões do país onde a raça pura não teria fácil adaptação. Os animais desses cruzamentos apresentam melhorias na qualidade do leite, alcançando os níveis de exigências impostos pelos países importadores do leite brasileiro. Essa prática é muito utilizada em propriedades familiares devido ao custo reduzido para se obter animais com características holandesas nos rebanhos.

RAÇA JERSEY

Origem
A raça Jersey se originou na pequena ilha de Jersey, na Grã-Bretanha, entre a Inglaterra e a França.
Em 1763, foram decretadas leis que proibiam a entrada na Ilha de Jersey de qualquer animal vivo que pudesse transmitir doenças aos seus bovinos. Até hoje, os animais que vão competir em exposições fora da Ilha, lá deverão ser vendidos, por não poderem retornar à origem. Essas leis sacramentaram a pureza da Raça.
Em 1833 foi criada a Royal Jersey Agricultural and Horticultural Society, e em  1834 foi realizada a primeira exposição da Raça Jersey em Cattle Market, na Beresford Street. 
Entre as raças leiteiras de origem européia, é considerada uma das mais rústicas. Atualmente, é a segunda raça leiteira mais importante em todo o mundo. 
No Brasil, o gado Jersey foi introduzido em 1896 no Rio Grande do Sul, a raça está presente em quase todos os Estados brasileiros.  O livro de registro genealógico no Brasil foi aberto em 1905.


Principais características do padrão racial
Pelagem  
A cor da pelagem varia cinza-claro ao escuro e do amarelo-claro ao amarelo-ouro podendo ser malhada com as cores citadas, tem como característica a coloração mais forte nas extremidades do corpo. A cabeça é geralmente um pouco mais escura.
Pele 
Couro escuro e fino, com pelos curtos. As mucosas são escuras.
Cabeça 
Bem inserida no pescoço, tamanho mediano e proporcional á idade, orelhas proporcionais, levemente inclinadas para frente e para cima. Chifre bem implantado lateralmente, com as extremidades negras. Focinho largo, negro, narinas salientes e bem abertas.
Garupa
Bem desenvolvida, larga e comprida, angulosa, de ossatura fina e robusta. A cauda acentuada, bem inserida, horizontal em sua inserção, fina.

Característica do animal
Leite
Excelente qualidade, 5,09 quilos de gordura para cada 100 litros e 3,98 quilos para cada 100 litros.
Conversão Alimentar 
Transformam de forma eficiente as rações e a forragem em produção de leite e apresenta o mesmo desempenho em instalações comerciais e em programas de pastoreio. Proporciona mais leite por área, mais leite por tonelada de forragem, e mais leite corrigido em gordura por 100 kg de peso vivo do animal.
Precocidade 
Jersey deve ser inseminada dos 14 aos 18 meses. Dos 14 meses em diante, ao atingir 60% do peso da mãe, o animal deve ser inseminado, o que significa que a raça tem um custo menor para ser criada até a idade de parição e produz leite antes do que qualquer outra raça.
Longevidade 
O gado Jersey tem a vida produtiva mais longa quando comparada a outras raças de gado leiteiro.
Adaptação
Fácil adaptação. No Brasil pode ser usada em todos os estados.
O gado Jersey apresenta estatura mediana, variando de 1,15 m a 1,30 m de altura na garupa, com peso de 300 kg a 500 kg. Portanto, é uma raça de pequeno porte, sendo uma das menores raças entre as de maior importância econômica na produção leiteira. Além de ter boa produtividade leiteira, alta fertilidade, boa facilidade de partos, elevada precocidade sexual e longevidade elevada, a raça Jersey produz leite com teores elevados de sólidos, principalmente gordura e proteína, sendo, entre todas as raças bovinas leiteiras, a que produz leite com maior teor de sólidos. 
Como possui um amplo histórico de produção sem o cruzamento com outras raças, a Jersey exibe grande capacidade de repassar as boas qualidades para sua progênie. No entanto, a facilidade de parição e a tolerância ao calor também fazem dela uma raça eficiente também para cruzamentos com raças zebuínas. Por exemplo, o cruzamento com a zebuína leiteira Gir, também conhecida pela qualidade do leite, irá potencializar a quantidade de sólidos solúveis no leite e gerará descendentes com um porte reduzido, facilitando o sistema de pastejo e aumentando o número de animais por área de pasto.

Fonte:

Livro
Manual de bovinocultura de leite / Alexander Machado Auad ... [et al.]. – Brasília: LK Editora ; Belo Horizonte: SENAR-AR/MG ; Juiz de Fora: Embrapa Gado de Leite, 2010. 608 p. : il.

Sites
ACGZ – Gir Leiteiro, Disponível em: http://www.acgz.com.br/index.php
PC GIR, Disponível em: http://www.abccriadores.com.br
Associação Brasileira de Criadores de Gir Leiteiro (ABCGIL), Disponível em: http://www.girleiteiro.org.br/

Imagem
https://www.google.com.br/search?q=gir+leiteiro&biw=1366&bih=667&source=lnms&tbm=isch&sa=X&sqi=2&ved=0ahUKEwiNoZ2_x5bNAhWEJiYKHXBDBqIQ_AUIBigB#imgrc=m3AjvUnwZwCXPM%3A
http://www.pardo-suico.com.br/ (Acessado em 07/06/2016 as 15:03hrs)
Manual de bovinocultura de leite / Alexander Machado Auad ... [et al.]. – Brasilia: LK Editora; Belo Horizonte: SENAR-AR/MG; Juiz de Fora: Embrapa Gado Leiteiro, 2010. 608 p. :Il
Tudo sobre a raça Girolando na pecuária leiteira. Disponível em http://iepec.com/tudo-sobre-a-raca-girolando-na-pecuaria-leiteira/  Acesso em: 07 de Jun. 2016.
Associação Brasileira dos criadores de Girolando. Disponível em: http://www.girolando.com.br/index.php?paginasSite/girolando,2,pt . Acesso em: 07 de Jun. 2016.
http://www.clubeamigosdocampo.com.br/artigo/raca-holandesa-maior-produtividade-e-qualidade-do-leite-1386
http://iepec.com/enciclopedia-de-racas-jersey/

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